Este título não é grande verdade, sobretudo pela disparidade a que se proporciona o conceito de "lentamente". Quão rapidamente pode ser lentamente? Mas bem...
Para variar, estou zangado. Venho fazer a lamúria. Quererá isto dizer que a verdade é sempre feia e lamuriosa? Escamoteio tal questão, para me poupar a falsidades, mas deixo-vos com a questão: Por que razão, tantas vezes, "embelezar" se aproxima de "deturpar levemente a verdade" ou "mentir por omissão"?
Então, a protagonizar a verdade de hoje, está este vosso Gazeteiro, a quem vamos chamar de ArabianShark, por coerência, e mais um elemento dessa classe prolífica em protagonistas de outras verdades, que hoje se munirá de infâmia sob o pseudónimo de Faustina Fartaria, atribuído por mais nenhuma razão outra que se tratar de uma aliteração. É sempre giro.
Devo contar-vos todas as verdades amargas da D. Faustina? Relatar todos os episódios de maldade? De cobardia? De rudeza? Hesito. Ficaria aqui a noite toda, se a memória mo permitisse, para mais nenhum benefício que vos aborrecer. Direi apenas o seguinte.
Destaco, antes de mais, que anos antes do ponto de viragem que me fez iniciar esta nossa-vossa Gazeta, a D. Faustina contribuía fortemente para que o frasco da bílis que me ia roendo o espírito se enchesse. E não é que, com alguma ajuda, conseguiu?
Conto-vos então esta verdade: se há coisa que me revolta é (surpresa) hipocrisia. A D. Faustina não gosta de mim; tudo bem. Qual de nós espera, realistamente, que todas os indivíduos que o conhecem, inexcepcionalmente, gostem dele? Mais: não vos sentis desagradados quando alguém de quem não gostais gosta de vós? Digo isto partindo da premissa de que, de forma análoga à premissa anterior, não creio que alguém goste de absolutamente toda a gente que conhece. Há sempre aquele colega chato, aquele vizinho incosiderado, aquele empregado de balcão rude... há sempre alguém de quem se não gosta, e ainda bem que assim o é, pois que valor teria gostar de alguém sem alguém de quem não gostar? Por isso, ainda bem que a D. Faustina não gosta de mim, porque eu também não gosto dela. Terá ela razões para não gostar de mim? Concerteza! Tal como eu tenho razões paa não gostar dela. É justo. É assumido. Tudo em pratos limpos, como eu gosto. Agora saiba-se o seguinte: Depois de, numa aula de duas horas, reagir a uma pergunta com sarcasmo, seguida de indiferença durante meia hora, pontuada, finalmente, por uma resposta incompleta e errónea invalida qualquer direito a revindicar que "está sempre disponível para ajudar". Da mesma forma que, insistir em leccionar em inglês para (reduzido) benefício de um único aluno estrangeiro (que, aproveito para salientar, não teria saído do seu país para vir estudar se não planeasse aprender a língua local, julgo eu...) sob o pretexto de que "é preciso que os alunos se ambientem ao inglês" quando a própria professora fala inglês quase tão bem como eu falo latim, não é de bom tom. E agredir com uma ordem feroz de não disseminar culpas em quem não as tem alguém que está, sem querer acusar ninguém, a desculpar-se é de uma baixeza antipática e indigna de um Professor Universitário.
Cresça, D. Faustina, e apareça quando se tiver apercebido de que os outros não são (todos) uma ralé de tolos amorais, não antes. Não é para isto que pagamos propinas.
Mas, se me hei de queixar que centenas de Euros deveriam poder comprar ensino de qualidade (entenda-se, administrado por professores de qualidade, empenhados no melhor desempenho da sua profissão), não há de ser hoje.
Pax vobiscum atque vale.
(Também não sei dizer mais grande coisa em latim...)
As cantigas da minha infância
... ou "Das Sopeiras Namoradeiras".
Antes de mais, para que conste, ainda que os Gazeteiros se vão, a Verdade fica. Ainda que os seus Cantores tirem férias, a Verdade cá está, 365.25 (em média) dias por ano. À Verdade ninguém paga subsídio de férias, e bem que não, pois a verdade não tira férias.
E a verdade de hoje é mais leviana, menos zangada, menos acre que as verdades que cá costumam. Procedamos...
Quando eu não era senão um petiz, cantavam-me estes versos, por brincadeira, por prazer...
       A Criada lá de cima
       É feita de papelão.
       Quando vai fazer as camas
       Diz sempre assim ao patrão.
Não vale a pena matutarmos numa criada feita de papelão. É o mundo da petizada; pode ser. E antes que inferamos sobre o "patrão" a letra escarlate do Adultério por uma criada lhe falar com uma cama desfeita na equação, não é a isso que me refiro hoje. Atentemos no refrão:
       "Sete e sete são catorze
       Com mais sete, vinte e um.
       Tenho sete namorados
       E não gosto de nenhum."
Então esta feliz criada, que sabe somar, entretém romanticamente sete parceiros? Pior: assume-o orgulhosamente perante um patrão que, provavelmente, coaduna com esste acto de poligamia? Agravantemente, declara não gostar de nenhum deles. Tratar-se-à de uma mulher que, ao chamar a cada um dos sete seus "namorados" (por oposição a, por exemplo, "amigos coloridos"...), os engana, não só por trair cada um deles com outros seis, mas igualmente por os iludir, levando-os a crer que existe, entre ela e cada um deles, um laço amoroso?
Mas passemos adiante. A canção segue:
       A Criada lá de baixo
       É feita de palhadaço.
       Quando vai fazer as camas
       Diz sempre assim ao palhaço.
Uma criada de palhadaço é perfeitamente banal. Que ela tenha, constantemente, um palhaço a quem se dirigir antes de fazer as camas é talvez mais preocupante. Mas procedamos.
       "Sete e sete são catorze
       Com mais sete, vinte e um.
       Tenho sete namorados
       E não gosto de nenhum."
Também esta!? Então é isto prática corrente entre as criadas? É nisto que os nossos "adultos" nos queriam fazer crer quando éramos crianças?
Ó meus Pais, ó meus Avós, que me falais em "geração rasca", que sementes deitastes à terra? Pois que vos queixais da depravação dos jovens? Da sua libertinagem? Que tomam libertinamente termos como "amor", que trocam a satisfação de uma relação pelo prazer vago do sexo casual? Que nos ensinastes?
Mas enfim, daqui me vou, com o costumeiro
Pax vobiscum atque vale.
Antes de mais, para que conste, ainda que os Gazeteiros se vão, a Verdade fica. Ainda que os seus Cantores tirem férias, a Verdade cá está, 365.25 (em média) dias por ano. À Verdade ninguém paga subsídio de férias, e bem que não, pois a verdade não tira férias.
E a verdade de hoje é mais leviana, menos zangada, menos acre que as verdades que cá costumam. Procedamos...
Quando eu não era senão um petiz, cantavam-me estes versos, por brincadeira, por prazer...
       A Criada lá de cima
       É feita de papelão.
       Quando vai fazer as camas
       Diz sempre assim ao patrão.
Não vale a pena matutarmos numa criada feita de papelão. É o mundo da petizada; pode ser. E antes que inferamos sobre o "patrão" a letra escarlate do Adultério por uma criada lhe falar com uma cama desfeita na equação, não é a isso que me refiro hoje. Atentemos no refrão:
       "Sete e sete são catorze
       Com mais sete, vinte e um.
       Tenho sete namorados
       E não gosto de nenhum."
Então esta feliz criada, que sabe somar, entretém romanticamente sete parceiros? Pior: assume-o orgulhosamente perante um patrão que, provavelmente, coaduna com esste acto de poligamia? Agravantemente, declara não gostar de nenhum deles. Tratar-se-à de uma mulher que, ao chamar a cada um dos sete seus "namorados" (por oposição a, por exemplo, "amigos coloridos"...), os engana, não só por trair cada um deles com outros seis, mas igualmente por os iludir, levando-os a crer que existe, entre ela e cada um deles, um laço amoroso?
Mas passemos adiante. A canção segue:
       A Criada lá de baixo
       É feita de palhadaço.
       Quando vai fazer as camas
       Diz sempre assim ao palhaço.
Uma criada de palhadaço é perfeitamente banal. Que ela tenha, constantemente, um palhaço a quem se dirigir antes de fazer as camas é talvez mais preocupante. Mas procedamos.
       "Sete e sete são catorze
       Com mais sete, vinte e um.
       Tenho sete namorados
       E não gosto de nenhum."
Também esta!? Então é isto prática corrente entre as criadas? É nisto que os nossos "adultos" nos queriam fazer crer quando éramos crianças?
Ó meus Pais, ó meus Avós, que me falais em "geração rasca", que sementes deitastes à terra? Pois que vos queixais da depravação dos jovens? Da sua libertinagem? Que tomam libertinamente termos como "amor", que trocam a satisfação de uma relação pelo prazer vago do sexo casual? Que nos ensinastes?
Mas enfim, daqui me vou, com o costumeiro
Pax vobiscum atque vale.
Ainda existimos
Pois o nosso hiato não se deve ao nosso desaparecimento, tão pouco ao desaparecimento da verdade. Sucede apenas que nem sempre a verdade tem tempo para vir ao de cima. Outras vezes, a verdade que transpira mal se nota na camisa das mentiras que conhecemos bem demais. Mas hoje a verdade é outra.
E, para variar, o protagonista desta verdade partilha o estatuto dos protagonistas das verdades anteriores (e, já que, para bom entendedor, meia palavra basta, não é só o estatuto que este indivíduo partilha com um dos seus nossos conhecidos pares). Ainda que escamoteie o nome dele, chamemos-lhe Manuel Lago.
A esta altura julgam os nossos estimados leitores que aqui na Gazeta guardamos algum rancor para com os protagonistas das verdades que transpiramos. Para quê negá-lo, se é à verdade que nos dedicamos? Mas este senhor é diferente. Aqui na Gazeta até gostamos deste indivíduo, mas não podemos deixar de nos zangar. Então, Sr. Lago?
Saibam vossas excelências que é hoje o último dia dos assim-chamados Exames de Recusro do ano lectivo 2006/2007. Eis pois que a cadeira leccionada pelo Prof. Lago se recorre exactamente hoje, às 10:00. E, em havendo recorrentes, há que haver exame. Pois recorrentes houve, menos que uma mão cheia deles, mas houve; já exame...
Foi a surpresa que brindou os recorrentes, quando, ao invés do Prof. Lago, outro rosto familiar (que tem nome, não duvidem, mas para quê envolvê-lo nesta história sórdida? Esperai até que alguma verdade dele merite uma entrada nesta nossa-vossa Gazeta) que os recebeu na sala marcada. Que não, não era o exame do Prof. Lago que se devia realizar. Era outro.
Eis que os recorrentes se dedicam ao apuramento da verdade (não da Verdade, no entanto. Essa encontrá-los-ia por meio próprio). E vem essa verdde a ser que o Prof. Lago não estava, não tinha pedido a ninguém que vigiasse a prova, não tinha reservado a sala que lhe fora atribuída (note-se, havia de reservar a sala, por mais que lha tivessem forçado) e nem sequer tinha deixado os exames.
E então, que fazer? Antes de mais, "Então, Prof. Lago? Que esperava?" Que vergonha, Sr. Lago...
Combine-se outra data. Façam-se preparativos. O exame há de ser. Menos mal.
Mas, bolas, não nos calemos! Então a nós, que pagamos propinas, que pagamos sobre as propinas uma caução para poder fazer exame, traem-nos assim? Onde estão os protocolos que nos protejam? Onde está quem faça valer os nossos direitos? O nosso sindicato?
Não há!
E livrem-se de fazer barulho. Não conheceis o queixume do costume? "Os estudantes não sabem a sorte que têm. Os estudantes pedem demais. Os estudantes não querem responsabilidades. Os estudantes isto. Os estudantes aquilo. Os estudantes assim e assado e frito e salteado em cama de puré de ervilhas com molho de soja e pimenta de caiena com espargos cozidos e maionnaise de alho." Arquive-se!
Ainda que os nossos clamores caiam em ouvidos moucos, não se deixem amordaçar. Façam barulho! Deitem a casa abaixo. Ainda que nos não ouçam, ao menos vamos deixá-los com uma grandecíssima dor de ouvidos.
Do vosso amigo e Gazeteiro ArabianShark, para nós e não para eles
Pax vobiscum atque vale.
E, para variar, o protagonista desta verdade partilha o estatuto dos protagonistas das verdades anteriores (e, já que, para bom entendedor, meia palavra basta, não é só o estatuto que este indivíduo partilha com um dos seus nossos conhecidos pares). Ainda que escamoteie o nome dele, chamemos-lhe Manuel Lago.
A esta altura julgam os nossos estimados leitores que aqui na Gazeta guardamos algum rancor para com os protagonistas das verdades que transpiramos. Para quê negá-lo, se é à verdade que nos dedicamos? Mas este senhor é diferente. Aqui na Gazeta até gostamos deste indivíduo, mas não podemos deixar de nos zangar. Então, Sr. Lago?
Saibam vossas excelências que é hoje o último dia dos assim-chamados Exames de Recusro do ano lectivo 2006/2007. Eis pois que a cadeira leccionada pelo Prof. Lago se recorre exactamente hoje, às 10:00. E, em havendo recorrentes, há que haver exame. Pois recorrentes houve, menos que uma mão cheia deles, mas houve; já exame...
Foi a surpresa que brindou os recorrentes, quando, ao invés do Prof. Lago, outro rosto familiar (que tem nome, não duvidem, mas para quê envolvê-lo nesta história sórdida? Esperai até que alguma verdade dele merite uma entrada nesta nossa-vossa Gazeta) que os recebeu na sala marcada. Que não, não era o exame do Prof. Lago que se devia realizar. Era outro.
Eis que os recorrentes se dedicam ao apuramento da verdade (não da Verdade, no entanto. Essa encontrá-los-ia por meio próprio). E vem essa verdde a ser que o Prof. Lago não estava, não tinha pedido a ninguém que vigiasse a prova, não tinha reservado a sala que lhe fora atribuída (note-se, havia de reservar a sala, por mais que lha tivessem forçado) e nem sequer tinha deixado os exames.
E então, que fazer? Antes de mais, "Então, Prof. Lago? Que esperava?" Que vergonha, Sr. Lago...
Combine-se outra data. Façam-se preparativos. O exame há de ser. Menos mal.
Mas, bolas, não nos calemos! Então a nós, que pagamos propinas, que pagamos sobre as propinas uma caução para poder fazer exame, traem-nos assim? Onde estão os protocolos que nos protejam? Onde está quem faça valer os nossos direitos? O nosso sindicato?
Não há!
E livrem-se de fazer barulho. Não conheceis o queixume do costume? "Os estudantes não sabem a sorte que têm. Os estudantes pedem demais. Os estudantes não querem responsabilidades. Os estudantes isto. Os estudantes aquilo. Os estudantes assim e assado e frito e salteado em cama de puré de ervilhas com molho de soja e pimenta de caiena com espargos cozidos e maionnaise de alho." Arquive-se!
Ainda que os nossos clamores caiam em ouvidos moucos, não se deixem amordaçar. Façam barulho! Deitem a casa abaixo. Ainda que nos não ouçam, ao menos vamos deixá-los com uma grandecíssima dor de ouvidos.
Do vosso amigo e Gazeteiro ArabianShark, para nós e não para eles
Pax vobiscum atque vale.
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